De facto Portugal, e os Portugueses também, precisam de aumentar o mais rapidamente possível a sua produção e obviamente reduzir as despesas improdutivas, o que implica a verdadeira reforma do Estado e não a tolice dos cortes que nem cegos são, para poderem pagar o que devem e passarem a viver melhor.
Entretanto o grupo responsável por este trabalho, que se esperava tivesse esta introdução como base para o seus 30 investimentos prioritários (porquê 30 ? qual o critério desta auto limitação?), tratou particularmente dois investimentos de forma a merecer este comentário.
O primeiro por ausência, seja ela causada por preconceito, ignorância ou outra razão qualquer que desconheço, pois o setor da náutica de recreio que de certeza criaria bastante mais postos de trabalho permanentes com menos investimento público que qualquer dos investimentos indicados e em muito menos tempo, nem uma linha de atenção mereceu.
E quando afirmo isto, é porque há projetos concretos que criarão alguns milhares de postos de trabalho que aguardam há largo tempo as decisões indispensáveis de Autarcas e Governantes.
Mas pelos vistos com este tratamento dado aos investimentos na economia do Mar já se entende por que razão não foi dada ao Secretário de Estado do Mar a necessária autoridade para decidir o que é essencial fazer neste setor.
O segundo por excesso porque tendo sido indicado o novo terminal de contentores em Lisboa, há o maior interesse e curiosidade em conhecer a sua estrutura de funcionamento e de sustentabilidade, incluindo a sua contribuição para a criação de postos de trabalho e de riqueza para os portugueses, comparando-o obrigatoriamente com possíveis investimentos alternativos.
Ainda por cima sabendo-se que uma das causas para a construção deste novo terminal destinado aos novos navios panamax, relacionada com a estrutura internacional deste tipo de transporte, deixou de ter relevância.
Lisboa, 7 de Março de 2014