Uma vez mais se verificou haver enorme abstenção nas recentes eleições autárquicas nos Açores como tem sido normal em quase todas as eleições em Portugal.
O que significa um grau de desinteresse elevado da população pela vida política do País e que de acordo com os conhecimentos de gestão correntes temos que atribuir aos ocupantes dos lugares a eleger a respetiva responsabilidade.
Também é sabido que as empresas mais competitivas são aquelas em que os seus responsáveis em todos os níveis operacionais têm participação nos resultados obtidos em cada período controlado seja o balanço anual ou o final do mandato.
Portanto seria desejável que no Estado a todos os ocupantes de lugares por eleição deveria ser-lhes retida uma parte do seu salário de forma a que no final do ano e do mandato pudesse ser avaliado o resultado do seu trabalho, em particular a abstenção e a competitividade nacional, e de acordo com os valores obtidos serem premiados ou punidos financeiramente.
Seria também uma forma de falarem menos e trabalharem corretamente mais do que acontece agora e repetindo o que já tenho dito algumas vezes recordar D. João II que, sem escrever coisa alguma, em vinte anos dotou Portugal da mais eficiente Marinha europeia e deixou de herança o poder global do País e o início da expansão europeia.
Lisboa, 17 de Outubro de 2016
A polémica à cerca da concessão deste forte para um empreendimento turístico levou-me a este comentário dadas algumas confusões que parece haver quanto ao seu valor como monumento histórico relacionado com as lutas anti-salazarismo.
Como as lutas salazaristas eram sobretudo contra os comunistas que durante o período do Governo de Espanha ser por eles controlado, além de serem conhecidas as perseguições ali verificadas contra particularmente a religião católica e as que na União Soviética aconteceram para ser possível lá instalar o comunismo, um tal monumento que se realizasse no Forte de Peniche seria também de homenagem ao comunismo.
O que obviamente quem for a favor da liberdade em Portugal não poderá estar de acordo.
Ainda por cima recordo-me de ter ouvido nos círculos de anti-salazaristas, em que eu participava e não eram comunistas, a versão de que a fuga tinha sido muito apreciada por Salazar pois constava este ter a opinião de que Cunhal nunca deveria passar a ser um mártir e o ideal seria ele viver fora de Portugal.
Parece pois que a História precisa de ser bem contada…para que se possa ficar a saber a verdade!
Lisboa, 4 de Outubro de 2016
José Carlos Gonçalves Viana