Segunda-feira, 19 de Dezembro de 2011
Crise em terra, oportunidades no mar

Em 16 de Novembro passado apresentei no Colóquio dos Olivais uma comunicação com este título que será publicada oportunamente pela entidade organizadora, mas dada a situação que vivemos julgo ter interesse em apresentar já este excerto desse trabalho em que são indicadas algumas iniciativas a serem realizadas quase totalmente por entidades privadas e que permitirão a criação de alguns milhares de postos de trabalho, com a vantagem adicional de várias destas atividades terem características exportadoras, obviamente via o turismo de qualidade em que se inserem.

 

Será muito oportuno que os Ministros da Economia e do Ambiente tomem esta iniciativa

 

………”A lista das atividades marítimas passíveis de constituírem meios de aumentar a riqueza nacional é muito longa e neste momento interessa sobretudo aproveitar as de mais rápido retorno enquanto se preparam as bases para, a seguir, aproveitar as outras, se entretanto nos prepararmos, o que só será possível se a nossa população estiver integrada nas atividades marítimas e não, como está agora de costas para o mar, porque, mesmo que queira, não tem acesso ao seu usufruto.

 

Se houver da parte do Governo Central e dos Autarcas dos municípios com esses potenciais o entendimento desta realidade e das decisões que é indispensável tomar rapidamente.

 

3º Concretizando:


Vou apresentar-vos, como exemplos concretos, uma lista de empreendimentos possíveis de realizar, com fortes ligações ao turismo de máximo valor acrescentado, quase todos para investidores privados e os que não o são no início por razões operacionais, deverão posteriormente ser privatizados ou em certos casos especiais ficarem parcialmente municipalizados.

 

Tendo em atenção , que do ponto de vista ambiental, todos os exemplos indicados se pressupõe terem qualidade ambiental do mais elevado nível, o que aliás também é essencial para o seu sucesso económico pois, como têm ligação ao turismo só interessam empreendimentos de 5 ou 6 estrelas.

 

Bem basta o que se passa com a Ria Formosa que continua a ser gerida deficientemente, portanto com baixo nível de qualidade ambiental e consequente baixo nível económico e social.

 

1-Fecho da Golada na zona do Bugio, com aproveitamento de cerca de 120 ha sobre o cachopo sul, aproveitando para proteger definitivamente a Caparica e a margem direita do Tejo até Paço de Arcos e para melhorar o acesso do canal da barra

 

2-A construção de uma ilha no cachopo norte, na barra do Tejo, para um empreendimento de 5 ou 6 estrelas, aproveitado para melhorar o canal da barra e proteger a praia de Carcavelos

 

3-Desenvolvimento do Barreiro como o maior centro náutico do país


4-Dinamização do estuário do Tejo, em particular o Mar da Palha, para a pesca profissional e desportiva, e para a náutica ligada ao turismo e à educação

 

5-Marina de Castro Marim com cerca de 2000 postos de amarração, em que parte será para utilização dos munícipes e outra para “resort” de nível 5-6 estrelas

 

6-Marina em Vila Real de Santo António, na foz do Guadiana, com cerca de 2000 postos de amarração sem imobiliário pois o objetivo é complementar o imobiliário existente em Monte Gordo, que sofre o efeito da elevada taxa de sazonalidade por falta de um equipamento deste tipo e desta dimensão

 

7- Portos de recreio em Tavira, situados em Cabanas, Santa Luzia, 4 Águas e centro num total superior a 2000 postos de amarração

 

7-Porto de recreio “off shore” em frente de Vale do Lobo e da Quinta do Lago que sendo empreendimentos de elevado nível têm no entanto a falta deste equipamento para atingirem o grau mais alto da excelência, além do efeito protetor da costa que causa danos e preocupações todos os invernos.

 

8-Ainda se poderão considerar mais oportunidades, mas não tenho os mesmos pormenores, como seja em Olhão, onde já foi iniciado pelo município este desenvolvimento, bem como o rio Arade, o estuário do Sado, a ria de Aveiro etc.

 

Estes empreendimentos permitirão a criação de alguns milhares de postos de trabalho diretos e permanentes, quer nas atividades próprias quer nas atividades induzidas, além dos implicados na construção cujo setor atravessa uma situação muito díficil neste momento.

 

Além dos efeitos na economia e na participação da população nas atividades marítimas, também há a considerar o efeito psicológico porque se trata de uma abertura de novas oportunidades e não de fechos ou cortes, pois embora sendo estes necessários é essencial haver a contrapartida de factos futuros positivos.

 

Lisboa, 16 de Novembro de 2011



publicado por JoseViana às 20:15
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